domingo, 16 de março de 2008

Via Sacra

GUIÃO VIA SACRA

12 de Março de 2008

Igreja da Sé

LOGOS

Grupo de Jovens da Paróquia de Nossa Senhora da Assunção (Sé – Faro)


(Cada pessoa recebe uma vela à entrada para acender na última estação)

Introdução

Era o final de uma manhã de primavera...Numa estrada de Jerusalém – que depois receberia o nome emblemático de «Via Dolorosa» - acontecia um pequeno cortejo: um condenado à morte, escoltado por uma divisão do exército romano, se encaminhava, trazendo a sua cruz até chegar a um monte rochoso chamado Gólgota em aramaico e em latim Calvário.

Esta era a última etapa de uma história conhecida por todos nós, na qual se destaca a figura de Jesus Cristo, o homem crucificado e humilhado e o Senhor ressuscitado e glorioso.

Uma etapa que se iniciara no silêncio profundo da noite anterior, junto das oliveiras de um jardim denominado Getsémani.

Durante séculos os cristãos desejaram percorrer novamente as etapas dessa Via Sacra, um itinerário rumo à colina da crucificação mas com o olhar voltado para a última etapa, a etapa da luz pascal. Hoje fazemo-lo como peregrinos naquela mesma estrada de Jerusalém.

Nesta noite meditemos sobre o sofrimento de Jesus de Nazaré que se revelou como Filho de Deus. Apesar de todo o tormento , a cruz e a sepultura não foram o destino final desta história, mas sim a luz da sua ressurreição e da sua glória. Olhemos para esta Via Sacra como o caminho para a grande revelação de Deus, a ressurreição do Seu filho e o Seu amor incondicional por todos nós.

Cântico “Senhor, aqui nos tendes”

1.Senhor aqui nos tendes,

Juntos para Te amar

Só Tu conheces e entendes

Tudo o que temos para dar.

2.Dor e pobreza, toda a alegria

Tanto sofrer e a paz

Que a vida oferece e cria

Que a vida leva e traz.

3.Ó Cristo de braços cansados

Sem ti, Senhor que seria

A tormenta dos pecados

E o medo da manhã fria.

4.Então, faz de nós o Deus

Teu repouso e morada

E o amor dos que são Teus

Torne a terra abençoada.

Faz ó Deus!

Oração Inicial (Sacerdote)

(Em cada estação é projectada uma imagem ilustrativa da mesma e depois da leitura bíblica são projectadas algumas imagens enquanto se escuta uma música, de seguida é projectada uma oração para que todos os presentes possam rezar.)

I ESTAÇÃO

Jesus no Horto das Oliveiras

(GENUFLEXÃO)

Sacerdote: Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Cristo

Todos: Porque, pela Vossa santa Cruz, redimistes o mundo.

(PÉ)

Leitor 1: Do Evangelho segundo São Lucas (22, 39-44)

Saiu então e foi, como de costume, para o Monte das Oliveiras. E os discípulos seguiram também com Ele. Quando chegou ao local, disse-lhes: “Orai, para que não entreis em tentação”. Depois, afastou-se deles; à distância de um tiro de pedra, aproximadamente; e, pondo-se de joelhos, começou a orar; dizendo: “Pai, se quiseres, afasta de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, mas a tua”. Então, vindo do Céu, apareceu-lhe um anjo que o confortava. Cheio de angústia, pôs-se a orar mais instantemente e o suor tornou-se-lhe como grossas gotas de sangue, que caíram na terra.

(SENTADOS)

Música - IN GOD ALONE MY SOUL (volume diminui para leitura da meditação)

Meditação

Leitor 2 - O véu das sombras desceu sobre nós, todos os ruídos parecem-nos reconduzir, ainda hoje, àquela noite de sofrimento e de oração vivida por Jesus. Ele se destaca solitário, ajoelhado no chão daquele jardim. Como cada pessoa que está diante da morte, também Cristo se sente afligido pela angústia.

Leitor 3 – Por isso, a oração de Jesus é dramática, tensa como num combate, e o suor de sangue que se escorre pelo seu rosto é sinal de um tormento áspero e duro. O grito é lançado para o alto, em direcção ao Pai que parece misterioso e mudo: «Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice», o cálice da dor e da morte.

Leitor 2 - Rezar em tempo de prova é uma experiência que perturba corpo e alma e também Jesus, nas trevas daquela noite, «oferece orações e súplicas com fortes gritos e lágrimas àquele que pode libertá-lo da morte».

(PÉ)

Oração (projectada)

Ó Jesus, na escuridão da noite e na dor, Tu pronunciaste estas palavras de entrega e de confiança em Deus-Pai. Com gratidão e amor, direi contigo nas minhas horas de medo e de aflição: “Meu Pai, eu não entendo, mas mesmo assim, confio em Ti.” (Texto de uma placa numa rocha, debaixo de uma das antigas oliveiras do Jardim de Getsémani)

II ESTAÇÃO

Jesus traído por Judas, é preso

(GENUFLEXÃO)

Sacerdote: Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Cristo

Todos: Porque, pela Vossa santa Cruz, redimistes o mundo.

(PÉ)

Leitor 4 – Do Evangelho segundo São João (18, 3-8)

Judas, então, guiando o destacamento romano e os guardas ao serviço dos sumos sacerdotes e dos fariseus, munidos de lanternas, archotes e armas, entrou lá. Jesus sabendo tudo o que lhe ia acontecer, adiantou-se e disse-lhes: “Sou eu!”. E Judas, aquele que o ia entregar, também estava junto deles. Logo que Jesus lhes disse “Sou eu!”, recuaram e caíram por terra. E perguntou-lhes segunda vez: “Quem buscais?” Disseram-lhe: “Jesus, o Nazareno!” Jesus replicou-lhes: “Já vos disse que sou Eu. Se é a mim que buscais, então deixai estes ir embora.”

(SENTADOS)

Música – DOMINE DONA NOBIS PACEM (volume diminui para leitura da meditação)

Meditação

Leitor 5 - Entre as oliveiras do Getsémani, imerso nas trevas, aproxima-se uma pequena multidão: a guiá-la, Judas «um dos Doze», um discípulo de Jesus. Ele não pronuncia sequer uma palavra, é apenas uma gélida presença.

Leitor 6 - Aquela traição tornou-se, ao longo dos séculos, o símbolo de todas as infidelidades e enganos. Cristo, encontra uma outra prova, a da traição que gera abandono e isolamento. Não é aquela solidão de quando se retirava nos montes para rezar, não é a solidão interior, fonte de paz e de tranquilidade.

Leitor 5 - É aquela solidão, áspera experiência de tantas pessoas que mesmo neste momento, como em outros momentos do dia, estão sozinhas em casa, diante de uma parede vazia ou de um telefone mudo, esquecidas por todos porque são idosos, doentes, estrangeiros ou desconhecidos. Jesus bebe com eles também este cálice que contém o veneno do abandono, da solidão, da hostilidade.

(PÉ)

Oração (projectada)

Senhor, ajuda-nos a tornarmo-nos discípulos fiéis do Teu Amor à vontade do Pai. Perdoa, Senhor, as nossas rivalidades, separações e esquecimentos e ensina a Tua Igreja a procurar-Te, primeiro a Ti, como Tu procuraste a vontade do Pai. Une-nos, Senhor, no Teu Amor, testemunhado no nosso perdão.

III ESTAÇÃO

Jesus é julgado por Pilatos

(GENUFLEXÃO)

Sacerdote: Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Cristo

Todos: Porque, pela Vossa santa Cruz, redimistes o mundo.

(PÉ)

Leitor 1 - Evangelho segundo São Lucas 23, 13-25

Pilatos convocou os príncipes dos sacerdotes, os chefes e o povo, e disse-lhes: «Trouxeste este Homem à minha presença como andando a revoltar o povo. Interroguei-O diante de vós e não encontrei n’Ele nenhum dos crimes de que O acusais. Herodes tão-pouco, visto que no-Lo mandou de novo. Como vedes, Ele nada praticou que mereça a morte. Vou, portanto, libertá-lo, depois de O castigar». Ora, pela festa, Pilatos era obrigado a soltar-lhes um preso. E todos se puseram a gritar: «Dá morte a esse e solta-nos Barrabás». Este último fora metido na prisão por causa de uma insurreição desencadeada na cidade, e por um homicídio. De novo, Pilatos lhes dirigiu a palavra, querendo libertar Jesus. Mas eles gritavam: «Crucifica-O! Crucifica-O!». Pilatos disse-lhes pela terceira vez: «Que mal fez Ele então? Nada encontrei n’Ele que mereça a morte. Libertá-Lo-ei, portanto, depois de O castigar». Mas eles insistiam em altos brados, pedindo que fosse crucificado, e os seus clamores aumentavam de violência. Pilatos, então, decretou que se fizesse o que eles pediam. Libertou o que fora preso por sedição e homicídio, que eles reclamavam, e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam.

(SENTADOS)

Música – WAIT FOR THE LORD (volume diminui para leitura da meditação)

Meditação

Leitor 2 - Por três vezes pelo menos, Pilatos tenta propor a absolvição de Jesus por insuficiência de provas, pedindo apenas a flagelação.

Leitor 3 - Sob a pressão da opinião pública, Pilatos encarna, então, atitudes que parecem dominar os nossos dias: a indiferença, o desinteresse, a conveniência pessoal. Para se viver serenamente, e por vantagem própria, não se hesita em esmagar a verdade e a justiça. A indiferença é a morte lenta da verdadeira humanidade.

(PÉ)

Oração (projectada)

Senhor, muitas são as vezes que somos como Pilatos, indiferentes, e deixamo-nos arrastar por esta corrente de injustiças e mentiras. Ajuda-nos a mantermo-nos firmes no Teu caminho e na Tua vontade, vivendo no Teu Amor.

IV ESTAÇÃO

Jesus é flagelado e coroado de espinhos

(GENUFLEXÃO)

Sacerdote: Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Cristo

Todos: Porque, pela Vossa santa Cruz, redimistes o mundo.

(PÉ)Leitor 4 – Evangelho segundo São Mateus 27, 27-31

Os soldados do governador conduziram Jesus para o pretório e reuniram toda a corte à volta dele. Despiram-no e envolveram-no com um manto escarlate. Tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça e uma cana na mão direita. Dobrando o joelho diante dele, escarneciam-no, dizendo: “Salve, rei dos judeus!” E, cuspindo-lhe no rosto, agarravam na cana e batiam-lhe na cabeça. Depois de o terem escarnecido, tiraram-lhe o manto, vestiram-lhe as suas roupas e levaram-no para ser crucificado.

(SENTADOS)

Música – UBI CARITAS (volume diminui para leitura da meditação)

Meditação

Leitor 5 - Um dia, enquanto caminhava pelo vale do Jordão, não distante de Jericó, Jesus parou e dirigiu aos Doze palavras fervorosas e incompreensíveis aos seus ouvidos: «Olhai, subimos agora a Jerusalém e cumprir-se-á tudo quanto foi escrito pelos profetas acerca do Filho do Homem. Vai ser entregue aos gentios, vai ser escarnecido, maltratado e coberto de escarros; e, depois de O açoitarem, dar-Lhe-ão a morte»

Leitor 6 – A flagelação e a coroação de Cristo fazem-nos pensar também em tantas circunstâncias, que ainda hoje acontecem. Continuam a haver pessoas flageladas pela fome, pela absoluta pobreza, pelo medo, pela perseguição, pela injustiça, pela violência e pela repressão.

(PÉ)

Oração (projectada)

Rezamos-Te, Senhor, pelos flagelados e coroados de espinhos do nosso tempo, que andam perdidos e por caminhos incertos e obscuros. Ajuda-nos a ser um sinal permanente de Páscoa, para a celebrarmos na nossa vida, na verdade do testemunho.

V ESTAÇÃO

Jesus é ajudado por Simão de Cirene a levar a Cruz

(GENUFLEXÃO)

Sacerdote: Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Cristo

Todos: Porque, pela Vossa santa Cruz, redimistes o mundo.

(PÉ)

Leitor 1 - Evangelho segundo São Lucas 23, 26

Quando O iam conduzindo, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que voltava do campo e carregaram-no com a cruz, para a levar atrás de Jesus.

(SENTADOS)

Música – PER CRUCEM (volume diminui para leitura da meditação)

Meditação

Leitor 2 - Simão tinha passado por ali por acaso; não sabia que aquele encontro seria extraordinário. Como está escrito, “quantos homens nos séculos teriam desejado estar ali, no seu lugar, ter passado por ali exactamente naquele momento. Mas, era tarde demais, era ele quem passou e ele, ao longo dos séculos não teria jamais cedido o seu lugar a algum outro.

Leitor 3 - Deus está em cada emboscada nos caminhos da nossa existência quotidiana. É Ele que às vezes bate nas nossas portas pedindo um lugar em nossas mesas para jantar connosco. Até mesmo um imprevisto, como o que aconteceu na vida de Simão de Cirene, pode se tornar um dom de conversão.

(PÉ)

Oração (projectada)

Senhor, perdoa-nos por muitas vezes não nos preocuparmos com o bem que poderíamos ter feito e não fizemos. Ajuda-nos, a mudar e a aprender a dar a vida…como Tu o fizeste.

VI ESTAÇÃO

Jesus encontra as mulheres de Jerusalém

(GENUFLEXÃO)

Sacerdote: Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Cristo

Todos: Porque, pela Vossa santa Cruz, redimistes o mundo.

(PÉ)

Leitor 4 – Evangelho segundo São Lucas 23, 27-31

Seguiam Jesus uma grande multidão de povo e umas mulheres que se lamentavam e choravam por Ele. Jesus, voltou-Se para elas e disse-lhes: «Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim, chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos, pois dias virão em que se dirá: “Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram”. Hão-de então dizer aos montes: “Caí sobre nós” e às colinas: “Cobri-nos”. Porque se tratam assim a madeira verde, o que acontecerá à seca?»

(SENTADOS)

Música – KYRIE ELEISON(volume diminui para leitura da meditação)

Meditação

Leitor 5 - Jesus ao falar às mulheres que O consolavam, recordou-lhes a sua principal riqueza, o serem Mães, assim lembrou-lhes a salvação dos seus filhos. Salvar-se-iam, salvando os seus próprios filhos.

Leitor 6 - Em torno a Jesus, até à sua última hora, estreitam-se numerosas mães, filhas e irmãs. Junto dele, agora, imaginemos todas as mulheres humilhadas e violentadas, marginalizadas, as mulheres em crise e sozinhas diante da sua maternidade, as viúvas ou as idosas esquecidas pelos seus filhos...

(PÉ)

Oração (projectada)

Senhor, pedimos-Te por todas as mulheres da nossa sociedade, que são tantas vezes despojadas da sua dignidade humana, e que choram tantas lágrimas incompreendidas. Olha Senhor, por todas as mães que sofrem pelos seus filhos e que procuram a salvação para eles.

VII ESTAÇÃO

Jesus é crucificado

(GENUFLEXÃO)

Sacerdote: Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Cristo

Todos: Porque, pela Vossa santa Cruz, redimistes o mundo.

(PÉ)

Leitor 1 – Evangelho segundo São Marcos 15, 22-28

Conduziram Jesus ao lugar do Gólgota, que quer dizer “lugar do crânio”. Queriam dar-lhe vinho misturado com mirra, mas Ele não quis beber.

Depois crucificaram-no, repartiram entre si as Suas vestes, tirando-as à sorte, para ver o que cabia a cada um. Eram nove horas da manhã, quando o crucificaram.

Na inscrição com a condenação lia-se: “O rei dos Judeus”. Com Ele crucificaram dois ladrões, um à Sua direita e o outro à Sua esquerda. Deste modo, cumpriu-se a passagem da Escritura, que diz: “foi contado entre os malfeitores”

(SENTADOS)

Música – ADORAMUSTE CHRISTE (volume diminui para leitura da meditação)

Meditação

Leitor 2 – Jesus estava rodeado de muitos pecadores, para além dos dois ladrões crucificados, estavam os soldados e a população…aqueles por quem Jesus morreu.

Leitor 3 – Jesus não desce da cruz com um espectáculo surpreendente: Ele não quer conversões fundadas no extraordinário, mas numa fé livre e de um amor autêntico.

(PÉ)

Oração (projectada)

Senhor, abre os nossos corações para a capacidade de acolher e de amar os outros como Tu. Ensina-nos a amar com o Teu amor, a perdoar com o Teu perdão total.

VIII ESTAÇÃO

Jesus na Cruz com a Sua Mãe e o Discípulo

(GENUFLEXÃO)

Sacerdote: Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Cristo

Todos: Porque, pela Vossa santa Cruz, redimistes o mundo.

(PÉ)

Leitor 4 - Evangelho segundo São João 19, 25-27

Junto da cruz de Jesus estavam Sua mãe, a irmã de Sua mãe, Maria, mulher de Cléofas e Maria de Magdala. Ao ver Sua mãe e junto dela, o discípulo que Ele amava, Jesus disse à Sua mãe: «Mulher, eis aí o teu filho». Depois disse ao discípulo: «Eis aí a tua mãe». E, desde aquela hora, o discípulo recebeu-A em sua casa.

(SENTADOS)

Música – MISERICORDIAS DOMINI (volume diminui para leitura da meditação)

Meditação

Leitor 5 - Tinha começado a separar-se daquele Filho desde o dia em que, aos doze anos, ele lhe comunicara que tinha outra casa e outra missão para cumprir, em nome do seu Pai celeste. Agora, porém, chegou para Maria o momento da dolorosa separação.

Leitor 6 - A partir daquele momento, Maria não estará mais sozinha, tornar-se-á mãe da Igreja, um imenso povo de todas as línguas, povos e raças que nos séculos se juntarão a ela em torno da cruz de Cristo, desde então, também nós caminhamos com ela pela estrada da Fé.

(PÉ)

Oração (projectada)

Obrigado, Senhor, por teres partilhado tudo connosco…até o amor da Tua Mãe. Que Maria nos ensine e nos prepare nos caminhos do acolhimento e do amor, para podermos acolher e ajudar tantos corações vazios e mal amados.

IX ESTAÇÃO

Jesus morre na Cruz

(GENUFLEXÃO)

Sacerdote: Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Cristo

Todos: Porque, pela Vossa santa Cruz, redimistes o mundo.

(PÉ)

Leitor 1 - Evangelho segundo São Lucas 23, 44-47

Por volta da hora sexta, as trevas cobriram toda a terra, até à hora nona, por o Sol se haver eclipsado. O véu do Templo rasgou-se no meio, e Jesus exclamou, dando um grande grito: «Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito». Dito isto, expirou. (TROVOADA) (MOMENTO DE ORAÇÃO DE JOELHOS)

(SENTADOS)

Música – JESUS NOS BRAÇOS DE MARIA (volume diminui para leitura da meditação)

Meditação

Leitor 2 – No início do nosso era o véu da noite que envolvia o Getsémani; agora é a escuridão de um eclipse que se estende como um sudário sobre o Gólgota. O «império das trevas» parece dominar a terra onde Deus morre. Sim, o Filho de Deus, por ser verdadeiramente homem e nosso irmão, deve beber também o cálice da morte. Assim Cristo «teve de assemelhar-Se em tudo aos Seus irmãos», torna-se plenamente um de nós também na extrema agonia entre a vida e a morte.

Leitor 3 - De facto, mesmo quando está a morrer no alto daquele monte, enquanto a sua respiração se extingue Jesus não deixa de ser o Filho de Deus. Naquele momento, todos os sofrimentos e as mortes são atravessados e possuídos pela divindade, são irradiados de eternidade, neles brilha um raio de luz divina.

(PÉ)

Oração (projectada)

Senhor, na Tua morte aprendemos que a Fé é um mergulho no vazio, aprendemos que é na nossa fraqueza que nos encontramos com Deus. Queremos pedir-Te por todos os que vivem e morrem sem Te encontrarem.

X ESTAÇÃO

Jesus é depositado no Sepulcro

(GENUFLEXÃO)

Sacerdote: Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Cristo

Todos: Porque, pela Vossa santa Cruz, redimistes o mundo.

(PÉ)

Leitor 4 - Evangelho segundo São Lucas 23, 50-54

Um membro do Conselho, chamado José, homem recto e justo, não tinha concordado com a decisão nem com o procedimento dos outros. Era natural de Arimateia, cidade da Judeia, e esperava o Reino de Deus. Foi ter com Pilatos, pediu-lhe o corpo de Jesus e, descendo-O da cruz, envolveu-O num lençol e depositou-O num sepulcro talhado na rocha, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. Era o dia da Preparação e já amanhecia o sábado.

(SENTADOS)

Música - ENYA (volume diminui para leitura da meditação)

Meditação

Leitor 5 - Envolto num lençol funerário, o «sudário», o corpo crucificado e martirizado de Jesus desliza lentamente das mãos piedosas de José de Arimateia no sepulcro escavado na rocha. Nas horas de silêncio que se seguiram, Cristo estará verdadeiramente como todos os homens que entram no ventre escuro da morte, do fim.

Leitor 6 – No entanto, já existe naquele crepúsculo de Sexta-feira Santa, um tremor, «já brilhavam as luzes do sábado», das janelas das casas de Jerusalém. Só na morte de Cristo descobrimos luz para a morte, retirando as nossas vidas do absurdo.

(PÉ)

Oração (projectada)

Ajuda-nos, Senhor, a ver-Te nos nossos irmãos, a colocar-Te em primeiro lugar, aceitando perder tudo para não Te perder a Ti.

XI ESTAÇÃO

Ao terceiro dia, Jesus Ressuscitou

(GENUFLEXÃO)

Sacerdote: Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Cristo

Todos: Porque, pela Vossa santa Cruz, redimistes o mundo.

(PÉ)

Leitor 1 – Evangelho segundo São Mateus 28,1-6

Terminado o Sábado, ao romper do primeiro dia da semana, Maria de Magdala e a outra Maria foram visitar o sepulcro. Nisto houve um grande terramoto: o anjo do Senhor, descendo do Céu, aproximou-se e removeu a pedra, sentando-se sobre ela. O seu aspecto era como o de um relâmpago; e a sua túnica, branca como a neve. Mas, o Anjo tomou a palavra e disse às mulheres: Não tenhais medo. Sei que buscais a Jesus, o crucificado; não está aqui, pois ressuscitou, como tinha dito”. (ALELUIA – ACENDER VELAS A PARTIR DA VELA DO ALTAR E TODOS COLOCAM NOS PÉS DA CRUZ)

(SENTADOS)

Música - IN THE LORD (volume diminui para leitura da meditação)

Meditação

PEQUENA REFLEXÃO FEITA PELO SACERDOTE

(PÉ)

Oração

Senhor, ressuscitaste para a Eternidade, continuas a amar cada irmão e a dar a vida por cada um de nós. Faz de nós a Tua boca, as Tuas mãos, os Teus pés, o Teu olhar e o Teu coração. Senhor, faz que a Luz do Teu rosto ressuscitado seja a nossa Paz!

PAI NOSSO (REZADO, DE PÉ E DE MÃOS DADAS)

Oração final (Sacerdote)

Cântico A Ti Poder e Glória

A TI PODER E GLÓRIA

A TI HONRA E LOUVOR

A TI A MAJESTADE

Ó DEUS PARA SEMPRE!

1.Oh Cordeiro Imolado,

Deste a vida por nós,

Derramaste o Teu sangue

P’ra nos salvar!

2.Por isso és exaltado

És chamado Senhor,

Tu és o Rei dos reis

És vencedor!

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